46ª Mostra SP: breve balanço

Terminada minha cobertura da 46ª Mostra Internacional de São Paulo, anoto aqui, para quem se interessar, os filmes vistos pela primeira vez, do melhor ao pior, com links para os textos que escrevi para a Folha, o site Leitura Fílmica e este blog.

O Filme da Escritora (So-Seol-Gaq-Ui Yeong-Hwa, 2022), de Hong Sang-soo

Um dos melhores filmes de Hong Sang-soo nos últimos dez anos.

https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2022/10/o-filme-da-escritora-e-joia-na-mostra-de-sp-que-ve-poesia-dos-encontros.shtml

Benção (Benediction, 2021), de Terence Davies

A pontuação inventiva e a classe da encenação de Terence Davies.

Armageddon Time (2022), de James Gray

Tocante, meio autobiográfico e nada racista relato de uma infância.

https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2022/10/armageddon-time-na-mostra-de-sp-fala-sobre-as-dores-de-amadurecer.shtml

Até Sexta, Robinson (À Vendredi, Robinson, 2021), de Mitra Farahani

Belo encontro entre almas de cinema.

Restos do Vento (2022), de Tiago Guedes

Um filme que inicia como Saló e se desenvolve como Mystic River.

Crônica de uma Relação Passageira (Chronique d’une Liaison Passagère, 2022), de Emmanuel Mouret

No lugar habitualmente ocupado pelo próprio Mouret, um ator sublime: Vincent Macaigne.

Aftersun (2022), de Charlotte Wells

Entre Joanna Hogg e o começo de Lucrecia Martel.

Alcarrás (2022), de Carla Simón

Filme agradável pelas crianças, mas um tanto esquecível.

Objetos de Luz (2022), de Acácio de Almeida e Marie Carré

Jogos de imagens que brincam com a luz.

Don Juan (2022), de Sèrge Bozon

Um começo inspirado e um desenvolvimento meio frouxo, mas ainda satisfatório. Pena porque parecia ser bem melhor.

Distopia (2021), de Tiago Afonso

Denúncia importante num formato meio quadrado.

Vocè Tem que Vir e Ver (Teneis que Venir a Verla, 2022), de Jonás Trueba

Dois casais mais chatos que aberturas de festivais se encontram mais por obrigação do que por prazer e discutem sobre diversas coisas. Cinema pequeno burguês, de gosto médio, com citação ao filósofo da moda (Sloterdijk) e praticamente sem humor.

O Deus do Cinema (Kinema no Kamisama, 2021), de Yoji Yamada

Yamada ultrapassa a faixa do melodrama e se torna piegas demais. O personagem é simpático, mas com essa vida, só bebendo mesmo.

https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2022/10/o-deus-do-cinema-faz-dramalhao-e-nao-sabe-aproveitar-personagens.shtml

Com Amor e Fúria (Avec Amour et Acharnement, 2022), de Claire Denis

Uma pena que os dois piores filmes que vi pela primeira vez nesta 46ª Mostra foram de diretoras que já admirei. No caso da Denis, acredito que haja um certo desconforto com o estilo que ela própria ajudou a popularizar, o tal do cinema de fluxo e o que sobrou dele.

Camarera de Piso (2022), de Lucrecia Martel

Curta-metragem exibido antes de Distopia, que nos indica não só uma falta de inspiração de sua diretora, mas uma completa incapacidade de perceber isso.

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+++ texto com dicas da programação:

+++ texto sobre os dois filmes de Jean Eustache

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