Meus 20 preferidos do circuito em 2016

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Por que só do circuito? Porque diminuem os filmes elegíveis, diminuindo também a possibilidade de perguntas – “e tal filme?” – que mereceriam a resposta – “esse eu não vi”. Não que a pergunta me incomode, mas acho mais interessante limitar o escopo de filmes que pudessem ser escolhidos. É também a regra que utilizamos na Interlúdio, que soltará em breve a lista final da redação.

Por que um filme de 1982 em primeiro lugar? Porque esse filme só chegou ao público em 2015, tendo estreado comercialmente no Brasil em 2016.

Por que 20 filmes? Não sei. Confesso que desta vez 15 seria mais justo. Dos quatro ou cinco últimos eu não gosto o suficiente para entrar em lista de melhores. Mas sempre publiquei lista de 20 por aqui (e 10 na Interlúdio). A tradição falou mais alto.

Por que só em 19 de janeiro você solta essa lista? Porque não acredito na pressa com que as listas de melhores têm sido feitas. Sempre aproveito o fim de um ano e o começo do outro para ver alguns filmes que perdi. Neste ano foram muitos os filmes vistos só na reta final (Creepy, Certo Agora Errado Antes, Caprice, Francofonia, Academia das Musas, Invocação do Mal 2, Don’t Breathe, Dois Rémi Dois, Depois da Tempestade, entre vários outros menos interessantes).

Visita ou Memórias e Confissões (Manoel Oliveira, 1982)

Cavalo de Turim (Béla Tarr, 2011)

Os Campos Voltarão (Ermanno Olmi, 2015)

Sangue do Meu Sangue (Marco Bellocchio, 2015)

É o Amor (Paul Vecchiali, 2015)

Café Society (Woody Allen, 2016)

A Assassina (Hou Hsiao-Hsien, 2015)

Certo Agora, Errado Antes (Hong Sang-soo, 2016)

Creepy (Kiyoshi Kurosawa, 2016)

A Odisseia de Alice (Lucie Borleteau, 2014)

Jovens Loucos e Mais Rebeldes (Richard Linklater, 2016)

Caprice (Emmanuel Mouret, 2015)

Francofonia (Alexander Sokurov, 2015)

Incompreendida (Asia Argento, 2014)

Nossa Irmã Mais Nova (Hirokazu Koreeda, 2015)

O Ignorante (Paul Vecchiali, 2016)

Os Oito Odiados (Quentin Tarantino, 2016)

A Bruxa (Robert Eggers, 2015)

Sully (Clint Eastwood, 2016)

Elle (Paul Verhoeven, 2016)

 

 

22 Respostas

  1. Sei que não é de 2016 mas gostaria muito saber sua opinião sobre Sono de Inverno e Era uma Vez em Anatólia, ambos de Nuri Bilge Ceylan. Aliás, um texto sobre o diretor cairia bem hein?! Todo dia frequento o blog para ler novos texto, espero que 2017 seja recheado de inspiração. Abraço!

    1. gosto dos dois, mas não muito das obras anteriores do diretor.

  2. tristeza alegria do nils malmros no telecine. o que acha do dinamarquês longa?

    1. bom filme

  3. Oi Sergio. Por que a listas das revistas que são consideradas respeitadas colocam sempre filmes considerados “menores” como os melhores. Sem chances para Senhor dos Anéis, filmes vencedores do Oscar ou qualquer um que seja um pouco mais popular.
    De acordo com a lista do site Digital Dream Door vi grande parte dos filmes dos anos 2000, por outro lado de acordo com a lista da Film Comment não vi quase nada.
    Espero que tenha me expressado bem usando a palavra “menores”.
    Abraço.

  4. EU VI o filme do português Manoel de Oliveira quatro vezes , meu pai é português e temos uma casa em Vila Guilherme perto de Santana …. tudo a ver ……. os portugueses são parecidos

  5. Vi ontem “Café Society” e achei o mais fraco do Woody desde “Para Roma, com Amor” (nem faz tanto tempo assim).

    1. acho o melhor… rs

      1. Gosto de Café, mas acho que de Match point pra cá o que mais gosto é O Sonho de Cassandra. As vezes é difícil saber se é uma comédia ou uma tragédia

  6. Os Oito Odiados cresceu no seu conceito ao longo do ano ou é mesmo um filme três estrelas na lista?

    1. exatamente por isso escrevi que a lista deveria ter quinze. Daí em diante é tudo três estrelas, incluindo os que mencionei no texto.

  7. Sérgio, desses filmes de sua lista, quais seriam obras-primas do cinema?

    1. depende do dia. hoje eu diria que nenhum deles.

  8. Ótima lista, prezado Sérgio. Não vi somente A Odisseia de Alice e Francofonia. Gosto de todos os outros, inclusive os dois primeiros também entraram na minha lista exatamente na ordem em que você mencionou. Acho que eles estão um degrau acima dos demais. Para mim, são as duas obras-primas da lista e do circuito de 2016. Há outros excelentes e muito bons na sua lista. Gosto muito de É o Amor, mas não me lembro de em nenhuma outra lista mencioná-lo.

    Vários entrariam se eu fizesse um top 20, mas segue meu top 10:

    1. Visita ou Memórias e Confissões (Manoel de Oliveira, 1982)
    2. O Cavalo de Turim (Béla Tarr, 2011)
    3. Creepy (Kiyoshi Kurosawa, 2016)
    4. Sully (Clint Eastwood, 2016)
    5. Elle (Paul Verhoeven, 2016)
    6. Três (Johnnie To, 2016)
    7. Certo Errado, Errado Antes (Sang-soo Hong, 2015)
    8. Cemitério do Esplendor (Apichatpong Weerasethakul, 2015)
    9. É o Amor (Paul Vecchiali, 2015)
    10. Sangue do Meu Sangue (Marco Bellocchio, 2016)

    Quero muito ver Beduíno… já assistiu a ele?

    1. não vi Três. De todo modo, não entraria na minha por não ter estreado.

      1. Pensei que tivesse estreado.

  9. O “Fai bei sogni”, do Bellocchio, não poderia estar na lista?

    1. não. Acho bom, mas não é para tanto. Sangue é muito melhor a meu ver.

  10. Daniel de Paula Mendes de Oliveira | Responder

    Elle merecia uma colocação melhor (até Sully achei estranho ficar tão baixo). Fui animado ver a Bruxa, mas achei uma bosta…com La la land foi o inverso (não é um grande filme, mas agradável e sem maneirismos e apropriações irritantes – muita honestidade na proposta, antes um Dois Caras Legais do que O Artista).

    1. Dois Caras Legais é divertido.

  11. O que achou do Academia de Musas? Foi o meu favorito do ano. Fora isso, boa lista, vários filmes eu também inclui na minha também.

    1. achei bom. Nada mais que isso. O ano foi cheio de filmes “bons, não mais que isso”… o que já é um avanço. hehe

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