O horror que nos cerca

– Há sessões de filmes para jornalistas, normalmente de manhã, normalmente alguns dias antes da estreia. Essas sessões são chamadas de cabines. Cinéfilos são doidos para frequentar cabines, mas a verdade é que está cada vez mais difícil ver filmes nessas sessões. Minhas três últimas cabines, durante a projeção: pessoas falando alto, luzes de smartphones e até tablets acendendo, luzes da sala acendendo, assobios insuportáveis de mensagens chegando tocando em alguns momentos. Cabines de filmes brasileiros são sempre piores. Não existe educação no Novo Afeganistão. Engana-se quem acha que se pode ver melhor um filme nessas condições. Melhor ver em casa. E por isso eu digo: viva o link.

– Evito falar de assuntos extra-cinematográficos neste espaço. Quando falo, é sobre música ou alguma outra manifestação artística. Hoje, quarta-feira 25, resolvi quebrar um pouco essa regra implícita. Porque o panorama político deste Novo Afeganistão é o pior possível. Tragédias como o estupro da moça por 30 homens no Rio de Janeiro tendem a acontecer com mais frequência. Sempre fui contra a pena de morte, mas já que passamos da barbárie, não sei mais o que defender.

8 Respostas

  1. Em momentos de tristeza e decepção costumamos ser bem mais pessimistas. Acho que estamos no mesmo que lugar que sempre estivemos, talvez a internet tenha exposto mais nossa realidade.

    1. É bem possível, Paulino. No fundo mesmo, acho que eu sou otimista. Só sendo assim é possível continuar vivendo e trabalhando.

      1. Paulino de Almeida

        Uma vez Conif disse que o brasileiro só é otimista por que é ignorante. Vc concorda com isso? Acha que a ignorancia é diretamente ligada ao otimismo? Ou será que otimismo é o ultimo recurso que nos resta? Me desculpa o exesso de filosofismo… Só mais uma coisa, vcs desistiram do site revista interludio?

      2. Sérgio Alpendre

        acho um fator, mas não determinante. Quer dizer, nem todo otimista é ignorante e nem todo ignorante é otimista. Além disso, todos, de alguma maneira, somos ignorantes. Poucos sabem o que realmente se passa no mundo da política, por exemplo. A Interlúdio deve voltar em breve. O problema é que a revista é feita na garra, sem grana alguma, o que dificulta as coisas. Obrigado pelo interesse.

      3. Paulino de Almeida

        A revista é ótima e uma baita referencia para uma cara como eu (engenheiro) entender e apreciar mais o cinema.

  2. Esse caso dos 33 é muito mais complicado do que parece. Quanto mais se lê sobre, mais estranho fica. Penso em De Palma, em Lang…

  3. Acho que você esta sendo preconceituoso com o Afeganistão, sinceramente.

    1. Pode ser. Não tinha atentado para isso.

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